Uma creche para os PAIS


Uma matéria realmente interessante foi publicada na Revista Exame, intitulada “O Bê-á-Bá para Pais e Mães”. Nela, a revista mostra a importância que os pais tem no desenvolvimento dos seus filhos já nos primeiros anos de vida e lista uma série de países que vem investindo pesado nesses programas como forma de desenvolver as futuras gerações.

Ou seja, quando os pais “investem” o seu tempo brincando com os filhos eles estão criando as bases que a criança vai levar para o resto da vida. Coordenação Motora, Habilidade de Comunicação, Sociabilidade. Esses são alguns dos aspectos que, segundo os pesquisadores, podem ser incentivados desde o nascimento e fazem a diferença quando a criança.

relacao pai e filho 3É por isso que neste tipo de programa a atenção volta-se para os pais, e não apenas para as crianças. Isso porque ao chegar à creche/escola a criança já passou por uma série de situações e “ensinamentos” vindos dos pais e que, em alguns casos, podem influenciar no seu comportamento para o resto da vida.

Desta forma, os Governos estão instituindo programas que visam, literalmente, ensinar os Pais a terem uma influência mais positiva no aprendizado dos seus filhos. Dificilmente um programa como esse vai ajudar um pai a “amar mais o seu filho”, mas eles expressam a importância que brincadeiras e até a simples conversa possuem no desenvolvimento das habilidades físicas e mentais das crianças.

Acredito que esse é um dos caminhos para diminuirmos a desigualdade social, tão discutida nesses últimos dias. Não é uma maneira de curto prazo, como um Bolsa Família ou um Auxílio qualquer, mas é algo que realmente pode impactar a sociedade no longo prazo. Se tivermos crianças com habilidades elevadas entrando nas escolas elas terão mais oportunidades ao longo das suas vidas.

Já vemos isso acontecendo nas classes média/alta, onde os pais tentam incentivar as crianças desde cedo. Se conseguirmos convencer os pais das classes mais baixas que eles possuem total influência na vida de seus filhos desde os primeiros meses de vida, aí sim, conseguiremos lutar contra a desigualdade.

2013: um ano diferente


O ano de 2013 vem se mostrando um ano atípico, diferente de todos os outros. Por um lado coisas boas começaram a acontecer: o povo saiu às ruas e passou a reivindicar o que é seu por direito (e pelos impostos que são pagos). No entanto, passados apenas alguns meses vemos as pessoas de volta à velha rotina e conformismo pré-movimento.

O Movimento que surpreendeu a todos e levou milhões de pessoas às ruas em centenas de cidades do país realmente impressionou o Brasil e o Mundo. Inicialmente motivado pelo aumento das passagens, o Movimento tomou maiores proporções quando as pessoas resolveram levantar outras questões, como a falta de investimentos em Mobilidade Urbana, a precariedade da Saúde, a falta de investimentos em Educação e, como o causador disso tudo, a CORRUPÇÃO alarmante que tomou conta de todos os setores políticos do nosso país.

O Movimento realmente fez Brasília tremer. Os políticos que acreditavam que a população era tímida e passiva se viu em apuros e tratou de aprovar em questão de dias que os Royalties do Petróleo fossem 100% destinados à Educação, apenas para ficar num dos resultados.

Agora eu pergunto: é isso que vai mudar a educação em nosso país? Infelizmente, não.

Mais dinheiro para a Educação por si só não resolve nosso problema. O Sistema Educacional Brasileiro está um lixo e somente quando algum Ministro da Educação resolver arregaçar as mangas e trabalhar é que a coisa vai mudar. O ENEM e a palhaçada das cotas não resolvem o nosso problema da falta de qualidade na Educação Básica. Enquanto nossas crianças não forem para a escola para aprender vamos continuar convivendo com medidas de curto prazo que não geram benefícios reais para a população.

E agora, para complicar ainda mais a vida, os sindicatos dos professores Brasil afora resolveram que é hora de GREVE. Particularmente não gosto de greves porque elas são resultado de pura incompetência dos Governos e normalmente causam estragos desnecessários. Ou seja, tendo em vista a falta de investimentos e de uma política educacional inadequada viramos reféns dos sindicatos, que infelizmente junto com o justo exigem sempre uma série de absurdos dignos de sindicalistas.

Para ficar em apenas um exemplo, os sindicatos agora exigem o fim da Meritocracia! Olha, já trabalhei numa empresa que levava a Meritocracia ao limite e era exatamente esse ponto que a fazia ser a melhor do mercado. Para mim, quem não gosta de meritocracia é vagabundo que acha que deve ser promovido porque está há dois anos no cargo, e não pelos resultados que ele criou nesse tempo.

No entanto, de algum modo surpreendente, os Governos criaram um sistema de Meritocracia que, por falta de regras claras e auditorias rígidas, tornou-se o vilão por impulsionar fraudes nas escolas que fazem com que alunos tenham notas melhores para que os professores possam ganhar o bônus prometido. Agora todo mundo odeia a Meritocracia. Tanto os bons, quanto os ruins. E nesse momento deixamos de dar um importante passo na evolução da educação brasileira.

A Palhaçada dos Estádios de Futebol Brasileiros


É incrível como a realidade do nosso Futebol não “confere” com o sonho de todo presidente de Clube ao vislumbrar “o maior e mais moderno” estádio para o seu time. Passada a Copa das Confederações e a um ano da Copa do Mundo eu vejo com desprezo o esforço que centenas de governantes e dirigentes fizeram para construir monumentais Elefantes Brancos para o nosso futebol.

Basta olhar a média de público dos jogos para perceber que não existe motivos para construirmos estádios para 60 mil pessoas quando a média não passa de 30% disso. Ou seja, gastamos BILHÕES DE REAIS construindo estádios que são, para ser bem camarada, sub utilizados pela sociedade.

Se você ainda não se convenceu pense da seguinte forma:

  • Faz sentido um empresário contratar 3 funcionários se ele só precisa de 1 para fazer o serviço?
  • Faz sentido contratar 3 empregadas domésticas para limpar um apartamento de 50m2?

A resposta é NÃO!

Não estou dizendo que os estádios não devem ser modernizados, mas não faz sentido eles serem do tamanho que são. O fato de ter dois ou três clássicos no ano que vendem todos os ingressos não justifica os outros 60 jogos que o estádio está vazio.

Nunca vi um hospital sub utilizado, uma escola com professores sobrando, mas estádio de futebol com cadeiras vazias, isso eu vejo todo o domingo. Vale a reflexão.